sábado, 8 de novembro de 2008





Não ADIAnta vir agora.

A festa já expirou.
Levando, leviano embora.
A quem antes creditei sim!
Não foi de todo ruína
Afinal!
Qual espetáculo
nosso, mais me
impressionaria?


Sem mim traições eu vi.
Cem mil atrações
contrárias,
partiam
esses dois
palhaços.
Pra onde?
Esvoaçavam
-se
distribuiam-se
em malabarismos
mentais
"divertindo -se"
no picadeiro, até
a chegada do fim.





quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Pouco sei dos prótons e nêutrons.
Do cálculo binário, da origem do Homem,
das estrelas perdidas, dos planetas distantes.

Posso dizer que não decorei
nenhuma canção de guerra.

Ouvi falar, muito de longe,
dos cossacos e dos Kamikazes
e quando o Homem pisou na lua,
confesso,
eu dormia.

Desprezo profundamente
a arrogância humana,
visto que pouco sei do valor do ouro,
da moeda corrente, das terras usurpadas.

Pouco sei dos novos planos do Homem
para o futuro.

Sei apenas dos raios de sol
furando a floresta, trazendo vida.

Sei apenas dos pássaros
voando mais alto que as balas dos canhões.

- Cláudio Aragão -

domingo, 19 de outubro de 2008

Depoimento do teólogo holandês Robert Happé


continuação





Fugindo por metáforas

para alcançar as metas de dentro.

Violação do seu eu,
Atentado ao horror,
Tentativa de clarear seu breu!

Poetas são aqueles que se buscam na falta,
e que não querem ser santos por
orquestrarem as letras.
Organizando a confusão mental,
poetas vão
em vão pelo planeta?





quinta-feira, 25 de setembro de 2008


Eu quero ter admirável paleta.
Pintar o mundo
colorir o planeta.

Alexis Sauer











Na vista


Tricoteiam

um dialeto caminhado

para o mesmo adereço.

Costurando palavras

com o ponto que assina alegorias,

e com a agulha

da perplexidade absoluta.


Já consegiu desenhar um tersol,

e ainda não se deu conta.


Até onde essa linha carregará os dois pesos,

sem que ninguém perceba?


O mesmo e belo tom de acidez.

A mesma fuga da rebelde azia

se esquivando pela boca do estômago.


Quando a verdade será realmente vista?

Eu não deveria descortinar

que isso tudo

não é amor,

nem sincronia,

nem o acaso.

É pura e simplesmente,

um tipo de plágio.