quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Pouco sei dos prótons e nêutrons.
Do cálculo binário, da origem do Homem,
das estrelas perdidas, dos planetas distantes.

Posso dizer que não decorei
nenhuma canção de guerra.

Ouvi falar, muito de longe,
dos cossacos e dos Kamikazes
e quando o Homem pisou na lua,
confesso,
eu dormia.

Desprezo profundamente
a arrogância humana,
visto que pouco sei do valor do ouro,
da moeda corrente, das terras usurpadas.

Pouco sei dos novos planos do Homem
para o futuro.

Sei apenas dos raios de sol
furando a floresta, trazendo vida.

Sei apenas dos pássaros
voando mais alto que as balas dos canhões.

- Cláudio Aragão -

Um comentário:

Marina disse...

Belo poema! :)

Bjuss